5.7 Padrão Olho
Quando um sinal OOK é transmitido através de circuitos e
meios que introduzem distorção linear, o formato dos pulsos
é distorcido e a interferência intersimbólica começa
a ser significativa. Estas distorções lineares são
principalmente provenientes de
-
utilização de componentes inadequados ou defeituosos,
-
conexões imperfeitas em cabos,
-
reflexões múltiplas entre blocos funcionais, ou
-
reflexões múltiplas das ondas de rádio próximas
à antena receptora (fading).
Devido ao caráter aleatório do sinal OOK, a visualização
deste na tela de um osciloscópio produz a superposição
de várias curvas diferentes, sendo que o resultado do conjunto adquire
o formato de um olho, denominado padrão olho.
A inspeção do padrão olho pode ser quantificada
em dois parâmetros relevantes
Os gráficos abaixo mostram os padrões olho de sinais OOK
sem distorção linear nem ruído, e com distorção
linear e ruído, respectivamente.
Quando não há distorção de amplitude, tem-se
a máxima abertura do olho em t=0 e quando não há flutuação
de temporização, todas as curvas passam pelo valor do nível
médio em t=+0,5 TB. Em ambos os gráficos
percebe-se que no instante de tempo t=0 há menor probabilidade de
erro na interpretação do bit, logo o oscilador local do demodulador
deve ser sicronizado para ativar o registrador neste instante. Quanto mais
aberto estiver o olho, menor será a probabilidade de erro na demodulação.
Universidade Federal do Paraná
- Departamento de Engenharia Elétrica
- www.eletr.ufpr.br/artuzi